18 de fev. de 2011

As Dez Plantas Mestras

O Xamanismo Ancestral dividiu as plantas em 3 categorias: plantas medicinais, plantas de poder e plantas mestras professoras. As plantas medicinais são mais utilizadas para fins analgésicos em geral, as plantas de poder fornecem uma conexão com dimensões energéticas/espirituais superiores, como o Mundo dos Espíritos e as plantas mestras professoras tem o objetivo de não apenas nos remeter ao Mundo dos Espíritos, bem como nos ensinar, guiar e orientar, nos ajudando a compreender o Universo e nosso micro-universo, sob novas perspectivas e pontos de vistas mais sutis, assim como também podem nos remeter ao passado para resgatar alguma habilidade perdida, também atuam como poderosas ferramentas de cura, tanto fisica como emocional, mental e espiritual.

Existe no mundo centenas de milhares de espécies vegetais, dessa imensidão de plantas o homem não conhece 20 porcento. Estudando suas utilidades curativas e de auto-conhecimento nossos ancestrais encontraram grande magia nas plantas. Desde tempos remotos o homem já se concectava com sua Divindade através de Bebidas Sagradas, desde o SOMA da Índia à Ayahuasca Sulamericana, em todos os continentes do planeta acharemos evidências e práticas espirituais que ainda utilizam tais meios para se concectarem com o Mundo dos Espíritos e assim, obter cura e auto-conhecimento.

Relacionamos 10 plantas mestras professoras muitos significativas na atualidade no meio xamânico. Estas plantas quando utilizadas da maneira correta e ministradas por xamãs sérios e experientes, nos proporcionará experiências agradáveis e curas significativas em nossas vidas.

As 10 Plantas Mestras Professoras:

1 - CHACRONA (Psichotria viridis) e JAGUBE (Banisteria caapi)

Chacrona e Jagube A Chacrona e o Jagube estão no topo da classificação, em empate. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). São as plantas mestras professoras mais poderosas do xamanismo, da preparação de ambas nasce a Bebida Sagrada conhecida como Ayahuasca ou "Vinho das Almas". Plantas originárias da América do Sul, encontradas em toda a região amazônica. Utilizada para busca de auto-conhecimento e cura por pajés, xamãs e curandeiros.

2 - PEYOTE (Lophophora williamsii)

PeyoteO peyote é um cacto originário da América Central e é muito utilizado pelas tribos indígenas do México e dos Estados Unidos. A substância ativa encontrada é a mescalina. Esta planta é utilizada em rituais de cura e nos remete a experiências visionárias, é utilizada pela Igreja Nativa Americana em seus cultos sagrados.

3 - WACHUMA (Trichocereus Pachanoi)

WachumaO Wachuma ou San Pedro é um cacto originário da região dos Andes, Chile, Bolívia, Perú, Equador e Colômbia. Sua substância ativa é a mescalina. Planta utilizada para cura e experiências visionárias e adivinhatórias, onde o xamã é levado a ter a visão da cura do enfermo, o espírito da planta entra em contato com o xamã ensinando-o a expulsar a enfermidade.

4 - IBOGA (Tabernanthe iboga)

IbogaA Bebida Sagrada mais usada na África chama-se Bwitists, que é uma preparação da raíz do Iboga, planta mestra muito utilizada pelos pigmeus, tribo indígena africana. Sua substância ativa é o alcalóide ibogaína. Muito utilizado pelos xamãs africanos em sessões de cura. O Iboga estimula o sistema nervoso central e induz a experiências visionárias e a transes profundos.

5 - DATURA (Datura wrightii e Datura stramonium)

DaturaExistem diversos tipos de Datura, porém, as únicas que são realmente plantas mestras professoras são a Datura wrightii e a Datura stramonium. Planta originária do México e Estados Unidos, porém, a Datura stramonium é encontrada no Brasil. Sua subtância ativa é a scopolamina. É uma das plantas mestras mais perigosas, deve apenas ser ministradas por xamãs muito experiêntes. Experiências recreativas podem ser fatais.

6 - JUREMA (Mimosa hostilis)

JuremaA Jurema, também conhecida como Jurema-preta, também é nome de uma Bebida Sagrada feita com a raiz da árvore do mesmo nome (Mimosa hostilis). Os pajés, sacerdotes tupis, também fazem outra Bebida Sagrada da jurema-branca (Mimosa verrucosa), para estimular sonhos afrodisíacos. É um tipo de Bebida Sagrada servida em reuniões especiais. Das raízes e raspas dos galhos, os feiticeiros e pajés, babalorixás, os mestres do catimbó, os pais-de-terreiro do candomblé de caboclo fazem uso abundante. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). É utiliza tradicionalmente para fins medicinais e religiosos. Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas, pois possui maior parte dos alcalóides psicoativos.

7 - SOMA (Amanita muscaria)

Amanita (Soma)O nome SOMA provém dos Vedas, escrituras sagradas da Índia, que nos relata que esta seria a Bebida Sagrada mais antiga da humanidade. SOMA é a Bebida Sagrada preparada com o cogumelo Amanita muscaria. Sacramentado até os dias de hoje na Índia, Sibéria e Austrália, por tribos aborígenes. A substância ativa do SOMA é o alcalóide ephedrina, que nos remete a transes extâticos profundos, conhecido como samadi em sânskrito.

8 - LÓTUS AZUL (Nymphaea caerulea)

Lótus AzulEsta planta mestra é originária no Egito antigo, assim como também é encontrada na América do Sul. A Bebida Sagrada é feita através das flores da planta. Suas substâncias ativas são os alcalóides nuciferina e apomorphina, que nos enduz a experiências visionárias. Desta planta também são realizados diversos preparos afrodisíacos.

9 - SÁLVIA (Salvia Divinorum)

Salvia DivinorumExistem diversas espécies de Sálvia, porém, a única considerada como planta mestra professora é a Salvia Divinorum. Também conhecida como Maria Pastora pelas tribos indígenas mexicanas e Diviner's Sage pela tribos americanas. Sua substância ativa chama-se Salvinorin A. Planta que nos remete a experiências visionárias.

10 - PARICÁ ou YOPO (Anadenanthera peregrina)

ParicáParicá é o extrato moído, rapé, do caule ou das sementes da árvore conhecida no Brasil como Angico. Planta originária da América do Sul, encontrada especialmente no Brasil. Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina). Muita utilizado pelas tribos indígenas em rituais de cura e em experiências adivinhatórias, onde o xamã ou pajé, é levado a ter a visão da cura do enfermo. Durante o ritual o xamã inala junto com o enfermo uma quantidade do rapé de paricá para entrarem no estado alterado de consciência, estado este que proporciona as experiências de cura.

Receba sempre meus mais sinceros cumprimentos xamânicos em nome de todas as sagradas tradições,

Akaiê Sramana - Grão-Mestre e Fundador Acharya da Sagrada Tradição Xamanismo Ancestral
Akaiê Sramana
Grão-Mestre e Fundador Acharya da Sagrada Tradição Xamanismo Ancestral
Fundador da ALDEIA DE SHIVA - Centro Espiritualista Universal Xamânico Ancestral
Grão-Mestre e Codificador do R'XA - REIKI XAMÂNICO ANCESTRAL

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